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Lançar um disco nunca foi tarefa fácil, nem na época mamãezada das grandes produtoras e nem agora, apesar do acesso à tecnologia. Pensar em gravar e lançar um álbum décadas atrás era simplesmente impensável. Pessoas vendiam casa, carro, para investir na carreira. Hoje o existir começa pelo querer, mas transformar o que estava em algumas partituras no computador em algo palpável é algo que deve que envolver, no mínimo, muito amor e dedicação. 😅

O Mors Volta demorou mais de 1 ano para ficar pronto, entre compor, pré-produzir, mudar isso, mudar aquilo, produzir artes, gravar, mixar e masterizar, sem contar com os contra-tempos de nossas vidas pessoais. É tudo muito cansativo e igualmente prazeroso quando se curte o que está fazendo, todo o processo em si faz parte da realização artística de cada um de nós.

Tudo começou no lançamento do In The Rabbit Hole (2014), adoramos o resultado da parceria com o Adair Daufembach e isso estimulou todos a compor um novo disco imediatamente. Dessa vez contando com o Lucas Arruda (baixo) no cast de compositores da banda, o que foi um grande UP na velocidade de produção das músicas e uma mistura bem interessante, pois ele trazia novos elementos em sua bagagem musical. Exploramos melhor essa coisa do groove, essas influências do Funk, do Soul e da música brasileira que a gente já havia experimentado em uma ou outra música no disco anterior, mas no Mors Volta levamos isso à outro nível, explorando melhor o que a gente tem de bom. 😈

No In The Rabbit Hole (2014) gravamos tudo por conta própria, baterias e vozes no VTM Studio e guitarras e baixo em home-studio. Dessa vez o processo de gravação foi bem diferente, contamos com o envolvimento por completo do Adair, ele participou de todos os detalhes e opinou em tudo que pode, uma evolução natural da nossa relação.

Praticamente toda a banda viaja pra São Paulo, com exceção de Joer e Arruda, com o dever de auxiliar tanto o Adair quanto o Vicente nas captações de bateria. Algumas partes das músicas não estavam escritas e foram decididas na própria gravação.

Com a estrutura das músicas já definida e as baterias captadas, foi a vez do Adair vir a Fortaleza gravar vozes e baixo.

Falar que improvisamos um home-studio pode parecer amador, mas um ponto forte em comum de quem leva a música independente a sério é saber se virar com o que tem. Pra quem sabe o que quer extrair de cada instrumento é possível se adaptar a realidade do ambiente e dos equipamentos disponíveis com segurança de um resultado final rente aos melhores estúdios.

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